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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Quantas feministas são necessárias pra trocar uma lâmpada? Ou sobre o riso dos outros.

Desde que me entendo por ser pensante, fui daquelas pessoas que discutem ou se retiram quando uma piada racista, sexista, homofóbica e etc. é contada. Sempre tive que ouvir, portanto, que não tenho “senso de humor”.   Eu, no entanto, adoro gente engraçada. Só tenho uma concepção bem diferente do que seja humor. E assistindo ao documentário "O Riso dos Outros" ( disponível aqui! ) vi que felizmente há vários humoristas que compartilham da mesma concepção e do filme tirei a inspiração para escrever esse texto.  Pra mim piada preconceituosa é humor fraco, fácil e, mais do que “politicamente incorreto”, politicamente ativo. Quando alguém faz piada pra rir de negro, de índio, de mulher, de gay, não está só contando uma piada, está endossando um discurso político. Isso porque, como explicou muito bem Alex Castro aqui , para uma piada ser engraçada, é fato, alguém tem que se foder, e a questão toda é: quem é que está se fodendo? Se é o negro, o índio, a mulher, o gay, então